Em O corcunda de Notre Dame, o leitor se emocionará com o sofrimento de Quasímodo
Uma das produções mais famosas do grande romancista e poeta francês Victor Hugo, O corcunda de Notre Dame é uma história sobre rejeição, amores não correspondidos, preconceitos, arte e uma pitada de política, que se desenrola na Paris do final do século 15.
O título do livro se refere a Quasímodo, cuja aparência física disforme o levou a ser abandonado, ainda criança, na porta da Catedral de Notre Dame. O rígido e disciplinado arquidiácono Claude Frollo o adotou e criou com mãos de ferro, delegando ao Quasímodo, já adulto, a função de sineiro da igreja. Mesmo tendo sido acolhido, o protagonista continuou sofrendo com os olhares e comentários maldosos da população, que o transformaram em um homem agressivo e rancoroso, embora, no fundo, fosse bondoso e gentil.
Sua vida muda quando ele conhece Esmeralda, uma linda e jovem cigana de 16 anos que realiza espetáculos de dança nas ruas da capital francesa na companhia de sua simpática cabra, Djali. A artista cativa (quase) todos com suas apresentações, inclusive Quasímodo, que se rende aos encantos da moça mas não se declara, ciente de sua aparência. A vida do sineiro se torna ainda mais difícil quando Esmeralda se apaixona por Phoebus, capitão da guarda do rei que salva a jovem de uma misteriosa tentativa de sequestro. Será que Quasímodo conseguirá superar essas e outras barreiras para viver um amor quase impossível com a bela cigana?
Publicado em 1831, o corcunda de Notre Dame não se restringe à história do protagonista. Victor Hugo aborda outros assuntos muito interessantes, como o preconceito religioso sofrido pelos ciganos, as disputas políticas entre o rei Luís XI e os nobres parisienses, a organização social e o senso de comunidade dos mendigos, companheiros de Esmeralda. Além disso, o autor faz uma análise apaixonada da arquitetura, que entende ser uma das maiores formas de expressão já inventadas pelo homem, e descreve minuciosamente a disposição geográfica de Paris, auxiliando o leitor a se situar na história.
O sucesso de O corcunda de Notre Dame foi tão grande que Victor Hugo foi admitido na Academia Francesa em 1841 e o livro se tornou um dos maiores clássicos da literatura. As paixões, sofrimentos e angústias sofridos pelos personagens e a qualidade do enredo são grandes atrativos, apesar do difícil vocabulário utilizado pelo autor. A edição da Penguin Companhia de O corcunda de Notre Dame tem 686 páginas e conta com introdução, cronologia da vida de Victor Hugo e uma relação de suas obras.
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