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  • Beatriz Araujo e Julia Lima

Alunos do CAp-Uerj são aprovados para graduação na Universidade de Estudos Estrangeiros de Tóquio

Aprovação é fruto do convênio entre a Uerj e a instituição asiática que acontece há mais de 20 anos


Por Beatriz Araujo e Julia Lima


Três estudantes do Colégio de Aplicação da Uerj (CAp-Uerj) foram aprovados no vestibular da Universidade de Estudos Estrangeiros de Tóquio (Tufs), com bolsa integral fornecida pelo governo do Japão. João Pedro Ribeiro Deolindo, Maria Manuela Monteiro Matos e Sarah Sprogis Brito Batista embarcam para o Japão dia 1º de abril para cursar o bacharelado em “Estudos Japoneses”, que pode ser revalidado no Brasil como Relações Internacionais, Letras ou áreas afins.


Os aprovados Sarah, Maria e João Pedro (Foto: Diretoria de Comunicação Social da Uerj)


João, Maria e Sarah estudam no CAp-Uerj desde os 6 anos de idade, e afirmam que apesar de o intercâmbio ser um desejo antigo, foram o convênio com a Tufs e o incentivo da instituição que o tornaram possível de ser realizado. Sarah conta que o interesse pela Universidade surgiu dentro da escola, quando se preparava para prestar vestibular aqui no Brasil. “Por mais que a gente soubesse sobre o vestibular para a Tufs eu nunca tinha pensado mais profundamente sobre isso. Mas eu olhei os cartazes e comecei a pensar sobre a possibilidade de fazer intercâmbio e aí resolvi tentar.”


João Pedro destaca que, além de seu interesse pelo país, escolheu a Tufs pensando em sua futura carreira na diplomacia. “Eu gostei muito dela porque além de ser no Japão, ela é uma faculdade que é especializada muito nesse ambiente internacional, globalizado, que eu acho que é muito importante para mim e para minha futura carreira.”


Já a colega Maria Manuela salienta que o curso foi mais importante na escolha do que o país em si, e a Tufs se mostrou a melhor opção entre as faculdades estrangeiras para as quais ela também se candidatou. “Primeiro eu escolhi o curso que eu queria fazer e fui desenvolvendo a partir disso. Sempre tive interesse no Japão, mas conforme fui crescendo e entendendo melhor as questões do mundo e vi que a faculdade de fato era o que eu queria para mim no futuro é que se tornou mais forte mesmo.” 


O convênio entre as instituições existe desde o ano 2000, sendo renovado a cada 5 anos. Inicialmente, apenas graduandos de Letras/Português-Japonês eram beneficiados com o intercâmbio, que permitia cursar algumas disciplinas do curso no exterior. Porém, em 2015 o processo seletivo foi estendido aos alunos do terceiro ano do Ensino Médio do CAp-Uerj. Desde então, 24 estudantes já foram aprovados.


Elisa Figueira, coordenadora do projeto e professora do Instituto de Letras da Uerj, explica que o processo seletivo mudou bastante ao longo dos anos. “Atualmente, o processo seletivo é todo feito por eles (Tufs). Como coordenadora eu recebo o edital, que geralmente sai no final de maio, início de junho, dou uma olhada inicial, vejo se mudou alguma coisa e faço uma tradução para o português.” Elisa também organiza reuniões para auxiliar e tirar dúvidas das pessoas interessadas antes delas se candidatarem.


Para participar do vestibular especial os alunos precisam escrever uma carta de intenção em inglês abordando seus planos de vida e o porquê de querer estudar na Universidade. Além disso, os candidatos passam por uma entrevista online com professores da instituição e precisam enviar a documentação exigida que inclui certificado de proficiência em língua inglesa, histórico de notas do ensino médio e uma carta de recomendação, elaborada pela diretoria do CAp-Uerj. Elisa aponta que os aprovados, historicamente, possuem atividades extracurriculares em seus currículos, como participação em grêmio estudantil e voluntariado.


João Pedro diz que passar pelo vestibular ao lado de suas colegas contribuiu para torná-lo menos estressante. Ele destaca que, juntos, os três formaram um suporte importante ao longo do processo seletivo. “A gente acabou fazendo muita coisa juntos, por exemplo as reuniões para averiguar os documentos, ver como é que estava para fazer o envio, porque é mais fácil, enviar os documentos em grupo acaba ficando mais barato pra todo mundo. Mas também é um suporte importante, porque nós estamos todos representando a nossa escola, o nosso país.”


Os estudantes estão bastante ansiosos para a viagem. Principalmente Maria, que completa 19 anos em 1º de abril, dia do embarque. Nos planos dela, a primeira coisa a se fazer é celebrar com alguns veteranos. “Eu gostaria de fazer uma comemoração do meu aniversário três dias atrasados”, brinca a estudante. Apesar de não ter embarcado ainda, Sarah diz já sentir saudades do Brasil, mas que também está muito animada para a nova experiência. 


Para João Pedro, a representatividade é o principal fator de animação: “[...] aqui no Brasil a gente sofre muito ataque de que ‘ah o ensino público não está funcionando e etc’ e eu acho que a gente estar indo pro Japão prova que não só o ensino público é de qualidade, mas que também a gente está criando mentes incríveis e exportando nossos talentos para outros lugares.”



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