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  • Foto do escritorVinícius Feliciano

Aumenta que é Rock’n’Roll | Crítica

Conheça a rádio “Maldita”, precursora do rock no Brasil


Johnny Massaro como Luiz Antônio. (Foto: Divulgação).


O mundo do Rock pode ser libertador se adentrado da maneira certa, e “Aumenta que é Rock’n’Roll” mostra de forma descontraída como esse gênero pode ser o motivador dos sentimentos mais puros possíveis. Dirigido por Tomás Portella (Impuros), o filme conta a história de Luiz Antônio (Johnny Massaro) e seu amigo Samuca (Geoge Sauma), responsáveis por criar a Rádio Fluminense, conhecida como “Maldita”, primeira no Brasil a tocar integralmente rock. 


De repente, sob controle de uma rádio caindo aos pedaços, Luiz tem que lutar para gerir o que vem a se tornar uma das programações mais populares da época. Além disso, a narrativa se completa quando Alice (Marina Provenzzano), uma das radialistas, mostra para o chefe como aproveitar mais a vida e viver o rock para além do estúdio.


Situada na década de 1980, a história deste longa traz de volta personagens marcantes do cenário musical brasileiro, como Cazuza (Eduardo Speroni) e Renato Russo (Bernardo Valença), além da participação especial de Evandro Mesquita, vocalista da banda “Blitz”. 


O filme conta com diversos efeitos e estilos de montagem que deixam claro a época em que a história se passa, gerando a sensação de nostalgia ao espectador. Citações a grandes nomes da música é o que não falta. Contudo, o público fluminense pode se sentir ainda mais ligado à história, já que ela traz de volta cenários conhecidos da rotina local.


Já para a narrativa, elementos como piadas, músicas e romances são a chave central para o desenvolvimento da história e dos personagens. Em certos momentos, a comicidade é o que carrega o espectador para dentro do que está sendo contado nas telas, contudo, as músicas são o que realmente cativam durante todo o tempo.


“Aumenta que é Rock’n’roll” é o filme perfeito para você que deseja passar um final de tarde se divertindo com sua família e/ou amigos cantando clássicos e rindo de piadas hilárias.


Assista ao trailer:



Entrevista com elenco


A UERJ VIU teve a oportunidade de conversar sobre o filme com Tomás Portella e Marina Provenzzano. Dentre os assuntos debatidos, focamos na construção da narrativa dos personagens e cenários.


Para Marina Provenzzano, Alice foi uma personagem divertida de fazer, pois ela era uma caixinha de surpresas que ao longo do filme vai se “desabrochando”. Além disso, por ser situado no período pós ditadura e ser uma rádio com narração totalmente feminina, a personagem consegue ser esse símbolo de grito em meio a tantas repressões que as mulheres sofriam na época. 


Tomás conta que antes de começar as gravações, eles planejaram todas as mudanças que aconteceram no espaço físico da rádio ao longo da narrativa e, depois, se fecharam ali por dias para finalizar todas as cenas internas. Marina complementa, dizendo que as gravações duravam cerca de 12 horas e que os membros do elenco chegavam a brincar que tinham se tornado realmente funcionários da rádio.


A reconstrução do primeiro Rock in Rio e de bandas tão famosas foi desafiadora, mas super gostoso de fazer. Um fato curioso é que as cenas com o show da Paralamas do Sucesso e da Legião Urbana foram algumas das primeiras a serem gravadas. “Foi uma delícia trabalhar, naquele momento [do show] eu senti que já estávamos ligados no 220v!”, relata a atriz.


Título original: Aumenta que é Rock’n’roll

Ano: 2024

Onde assistir: Cinemas

Nota: 3,5 - muito bom


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