"Junho Vermelho” tem 4ª campanha voltada para comunidade LGBTQIAP+
Campanha de doação de sangue no Hupe - Foto: Reprodução da internet
No mês dedicado à conscientização sobre a doação de sangue, o Banco de Sangue Herbert de Souza reforça seu compromisso em receber doadores de todas as orientações sexuais e identidades de gênero, respeitando a diversidade e a igualdade. Para atingir esse objetivo, será realizada a 4ª campanha de doação de sangue LGBTQIAP+ de 26 a 30 de junho.
Além de incentivar a comunidade a doar sangue, a instituição, que celebrou o Dia Mundial do Doador de Sangue no dia 14 de junho, também está direcionando esforços para conscientizar e acolher a comunidade LGBTQIAP +, buscando desfazer mitos e também preconceitos relacionados à doação de sangue por parte dessa “comunidade”.
Campanha LGBTQIAP+ - Foto: Reprodução da internet
Os dados do Ministério da Saúde apontam que cerca de 1,4% da população brasileira doa sangue regularmente, contudo segundo a OPAS (Organização Pan-Americana de Saúde) o índice ideal seria de 2%.
Barbara Santos, enfermeira do Banco de Sangue Herbert de Souza há cinco anos, conta que o quadro se repete todos os anos, próximo ao período de férias e durante feriados prolongados os bancos de sangue registram quedas na captação. O Banco de Sangue atua em conjunto com o Hospital Universitário Pedro Ernesto (Hupe) e todo o material coletado é destinado às cirurgias eletivas do Hupe.
A enfermeira salienta que os funcionários se mobilizam para entrar em contato com doadores, seja por e-mail ou telefone, o esforço é para evitar baixas nos estoques, mas apesar disso, o problema se repete. Barbara ressalta ainda que para a realização de cada uma das cirurgias eletivas, é necessário reservar pelo menos 14 bolsas de sangue.
Além da doação de sangue, é possível se tornar doador de medula, contudo vale ressaltar que com a última mudança, a idade máxima do doador é de 35 anos. No momento do cadastro é necessário informar o desejo de ingressar no cadastro de doadores de medula. Durante a coleta de sangue será recolhido material para análise e cadastramento no banco de dados.
Júlia Vicente fazendo sua doação periódica no Hupe - Foto: Simone Nascimento
Mitos e Verdades:
"Não vou doar sangue porque depois ele engrossa, e vou ter que doar sempre". Esse é um dos mitos propagados por parte da população. Os profissionais de saúde são enfáticos em negar essa ideia de que o sangue engrossa após a primeira doação. Contam que o medo e a falta de informação são grandes problemas no convencimento das pessoas a doarem sangue.
"Vai me dar fraqueza e vou ter que me afastar do trabalho". Outro mito. O doador só precisa de evitar esforço físico intenso no mesmo dia da coleta. No caso de trabalhador, a lei brasileira garante que, uma vez ao ano, o empregado que fizer doação tenha seu dia abonado.
"Tenho medo de pegar alguma coisa". Todos os centros hematológicos seguem um rigoroso padrão que inclui um questionário detalhado e para a coleta, há o uso de material descartável. O sangue é examinado em laboratório antes de ser disponibilizado para uso.
Até 8 de maio de 2020, homens gays e bissexuais só poderiam doar sangue se estivessem em abstinência sexual de pelo menos 12 meses, contudo uma decisão do STF(Supremo Tribunal Federal) considerou as normas da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) inconstitucionais, pondo fim a esse critério.
Critérios para doação:
*Ter entre 16 e 59 anos. Menores precisam ter uma autorização por escrito do responsável.
* Pesar acima de 50Kg
* Não estar em jejum.
* Ter boa saúde.
* Em caso de possuir piercing ou tatuagem, que tenha sido feita há mais de seis meses.
* Ter evitado alimentos gordurosos e álcool nas últimas 12 horas.
* Apresentar documento oficial com foto.
As doações podem ser feitas de segunda a sexta-feira, das 8h às 15 horas na Avenida Boulevard 28 de setembro, 77. A sede do Banco de Sangue Herbert de Souza está passando por obras e o atendimento é feito no Hupe.
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