Projeto da Faculdade de Enfermagem da Uerj promove conscientização para derrubar mitos e estimular estilos de vida mais saudáveis
Um levantamento do Instituto Nacional de Câncer (Inca) estima que 704 mil novos casos de cânceres sejam diagnosticados no Brasil até 2025. Neste cenário, o projeto de extensão “Desmistificando a Doença Oncológica”, da Faculdade de Enfermagem da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), trabalha para combater os mitos relacionados às doenças oncológicas, que são cânceres gerados pelo crescimento descontrolado de células malignas no corpo, e conscientizar as pessoas sobre a importância dos cuidados com a saúde.
Para Karla Biancha, coordenadora do projeto, as doenças oncológicas são tratadas com muito misticismo e medo pelas pessoas, como se não existisse prevenção. Ela destaca que a principal forma de se prevenir determinados tipos de câncer é a prática de um estilo de vida saudável: “Parando de fumar, tendo uma alimentação saudável, incluindo atividade física no dia a dia. Uma relação de autocuidado consigo mesmo melhora a possibilidade da gente se prevenir de desenvolver cânceres mais comuns”.
Segundo a coordenadora, o projeto atua por meio de publicações em redes sociais, feiras, rodas de conversa e encontros presenciais e online com o objetivo de informar as pessoas e desmistificar as doenças oncológicas, tanto dentro quanto fora da Uerj. No mês de outubro, por exemplo, o projeto promoveu uma palestra sobre o “Outubro Rosa” e a importância da conscientização, prevenção e combate do câncer de mama.
Karla Biancha afirma que apenas com estímulos de um autocuidado com a saúde, melhor alimentação, prática de atividade física e diminuição de estresse será possível reduzir o número de casos de doenças oncológicas no país ao longo do tempo: “Se a gente não compreender que precisa ter um autocuidado, só vai aumentar a incidência dessas doenças”, declara.
Ela ressalta que ainda há uma escassez de conteúdo relacionado às doenças oncológicas nas grades curriculares das áreas de saúde, e que o início do projeto teve influência da demanda dos próprios alunos de graduação, em 2020. A coordenadora afirma que o projeto é multiprofissional e que não se restringe apenas aos estudantes de enfermagem, sendo aberto a qualquer estudante da área da saúde e da comunidade.
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