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  • Foto do escritorSimone Nascimento

Mobilização de voluntários em defesa da natureza

Atualizado: 18 de set. de 2023

Semana Mundial do Meio Ambiente é marcada por diversas iniciativas

Voluntários do projeto Bota Pra Girar em um dia de limpeza na Pedra do Arpoador

Foto: Reprodução da Internet


Andrew Freitas, 27 anos, morador de Rio das Ostras na Região dos Lagos, sempre praticou esportes e na maioria das vezes havia intenso contato com a natureza. Foi aí que percebeu o impacto das ações humanas na natureza, como o acúmulo de lixo nas trilhas. Isso levou o jovem a criar o projeto #hypefornature, que oferece corrida em trilha, canoa havaiana, yoga na praia, palestras de conscientização e limpeza da praia.





Andrew Freitas em um dia de mobilização em Rio das Ostras

Foto: Acervo Pessoal


Histórias como a de Andrew marcam a Semana Mundial do Meio Ambiente. São voluntários, pessoas comuns e ONGs que decidiram pôr em prática ações em defesa da natureza.

As ações procuram sensibilizar e conscientizar a população levando a preservação de recursos naturais e a um consumo mais sustentável. Entre as ações, há corrida em trilha ecológica, palestra sobre micro plástico, oficina de cultivo de plantas, reflorestamento e yoga na praia.

Além dos voluntários, a prefeitura do Rio promove atividades educativas e lança o projeto Guardiões do Mangue, que visa a recuperação e manutenção deste ecossistema por meio de moradores locais. Entre os voluntários o esforço é intenso. Eles chegam a dedicar várias horas do seu dia à causa ambiental e, com isso, demonstram que qualquer pessoa pode ajudar na preservação do meio ambiente. A natureza nos oferece tanto, o que podemos fazer para retribuir? Foi a preocupação com o lixo que me fez criar esse projeto que não gera resíduos. Com esse evento quero aumentar a conscientização das pessoas”, explica Andrew Freitas.



“Filho de peixe, peixinho é! O ditado popular descreve de certa maneira a trajetória de muitos ecologistas. Filha de protetora de animais, Fernanda Cubiaco, 54 anos, desde muito cedo esteve em contato com a natureza e com os bichos e isso foi definitivo no seu estilo de vida. Passou a ser protetora de animais ainda na adolescência, tornou-se vegetariana e graças à natação em mar aberto encontrou outra causa, combate ao lixo no mar. O dia dessa ecologista parece ter 36 horas, criadora e coordenadora do Projeto Bota pra Girar, representante da Startup Green Mining, jornalista no Instituto Onda Azul e diretora de sustentabilidade do Polo Gastronômico de Copacabana. “Eu tenho uma mãe que sempre me levou para a praia, para o parque, que me fez amar bicho. Passei a cuidar da natureza e de gente, porque no final todos somos natureza”, conta Fernanda.




Roberto Ramos durante limpeza promovida pelo projeto Mar Sem Lixo.

Foto: Acervo Pessoal


Roberto Ramos, 58 anos, fundador e presidente da ONG (Organização Não Governamental) Mar Sem Lixo representa bem o espírito do voluntariado. Engajado desde 1985, quando lutava para conseguir a proibição de caça às baleias no Atlântico Sul, ele se mantém firme apesar dos grandes desafios e acredita que seja possível uma vida sustentável para todos que habitam o planeta. "Desistir seria uma irresponsabilidade com as futuras gerações . Fazemos nosso trabalho sabendo que vamos partir com o dever cumprido e que fizemos a nossa parte ", disse Ramos.



Mata Atlântica


Muitos que vivem próximos às áreas do Parque Estadual da Pedra Branca e da Serra da Posse nem se dão conta de sua importância. No entanto há aqueles que além de terem consciência da relevância desse ecossistema, lutam pela preservação.


Alguns voluntários enxergaram na união do turismo com a conservação da natureza a oportunidade perfeita de fazer o que mais amam. É o caso de Juan Matos, 34 anos, criador e coordenador do Projeto Perdidos no Rio, ativo desde 2018, que organiza trilhas, mutirão de limpeza e reflorestamento. Sem nenhum tipo de ajuda, ele trabalha na conscientização dos frequentadores e na preservação dos recursos naturais. A atuação do projeto se concentra quase sempre no Parque Estadual da Pedra Branca, importante área de conservação ambiental que abriga um dos biomas mais ameaçados, a Mata Atlântica. Outros locais de atuação são o Parque Municipal do Mendanha, na Praia do Meio, em Barra de Guaratiba. “Moro quase dentro do Parque Estadual da Pedra Branca, praticamente fui criado nas praias selvagens, então essa proposta de preservação sempre esteve comigo. Faço um trabalho totalmente independente para levar consciência para as pessoas, mas faço principalmente para retribuir ao meio ambiente e tudo que representa para mim”, declara Juan Matos.




Juan Matos em limpeza na Praia do Meio em Barra de Guaratiba.

Foto: Acervo Pessoal


Quem mora na zona oeste talvez nem saiba, mas entre os bairros de Campo Grande, Senador Vasconcelos e Santíssimo há um pequeno tesouro, a Serra da Posse. Uma área de cerca de trezentos campos de futebol em que pouco mais da metade é protegida. Os olhos atentos de alguns moradores vizinhos da Serra conseguiram perceber o que aquele pequeno espaço abriga, e dessa forma nasceu em 2016 o Coletivo Nosso Bosque. Thiago Neves, 37 anos, fundador do coletivo é totalmente engajado. Além do coletivo participa do Fórum Socioambiental da Zona Oeste, da Articulação Carioca por Justiça Socioambiental, do Juntos pelo Rio, do Ambientalistas Rio e Arboristas Urbanos. Tendo crescido perto da Serra da Paciência, área que pode se tornar de preservação, e posteriormente se tornando vizinho da Serra da Posse, se sente profundamente ligado à natureza.

“Vejo que a Floresta da Posse pode se transformar numa grande floresta e abrigo para a fauna. Ela está inserida no meio urbano e traz benefícios para a comunidade vizinha, principalmente para as crianças e pode se tornar uma alternativa verde para a região ", assegura Thiago Neves.


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