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  • Foto do escritorLeonardo Siqueira

Plantas medicinais no cardápio diário

Projeto Resgatar e Cultivar, da Uerj, busca divulgar informações e benefícios sobre o uso de chás e ervas



Exposição do Projeto Resgatar e Cultivar na Uerj Sem Muros de 2023. Foto: Arquivo Pesoal

O uso de chás e plantas medicinais é um hábito comum para muitos brasileiros, mas nem todos sabem utilizá-los da maneira realmente correta. Diante disso, o Projeto Resgatar e Cultivar trabalha para conscientizar a população sobre o uso racional e adequado das plantas medicinais, através de oficinas e publicações em redes sociais. O projeto conta com uma equipe de sete pessoas, das áreas de medicina e nutrição, e atua como um trabalho de extensão do Instituto de Biologia Roberto Alcântara Gomes (Ibrag), da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj).


A coordenadora e idealizadora do projeto, Elaine de Oliveira, afirma que o uso de chás e ervas no dia a dia é essencial para substituir determinados condimentos que, utilizados de maneira excessiva e inadequada, podem ser prejudiciais à saúde. Um exemplo disso é o sal de ervas, que é feito com páprica doce, páprica picante, páprica defumada, tomilho, canela, cardamomo, orégano, alecrim e sal grosso. Para a coordenadora, o sal de ervas é uma ótima opção para hipertensos, já que seu uso reduz o consumo de sódio. 


Uma dificuldade para o trabalho do projeto, no entanto, é o acesso às plantas medicinais, que não costumam ser encontradas facilmente no comércio, o que pode ser um empecilho para pessoas que queiram testar suas dicas e receitas, por exemplo. Para a coordenadora, porém, além da questão do acesso, é necessário também se atentar para a origem desses produtos, que muitas vezes não é confiável, em relação ao plantio, colheita, presença de agrotóxico na terra onde foi plantada etc: “Se você fizer uma coisa terapêutica, como um chá, eu não posso te dar um veneno junto. Que é o agrotóxico. Tem que ser orgânico”, declara.


Elaine de Oliveira conta que, plantas como a camomila, por exemplo, não devem ser compradas em estabelecimentos que vendem tudo da planta para dar maior volume,  porque o princípio ativo dessa planta é encontrado apenas na flor: “Quando se usa uma parte que não tem o princípio ativo, você usa menos do que deveria usar e não tem o efeito que gostaria”. Para ela, a principal saída para esse problema é o plantio em casa, que pode ser realizado sem muito trabalho no caso de algumas plantas, como o manjericão. 



Elaine de Oliveira, à esquerda, e equipe do projeto na Uerj Sem Muros. Foto: Arquivo Pessoal.

O Projeto Resgatar e Cultivar trabalha com a fitogastronomia e a fitoterapia. Segundo a coordenadora, a fitogastronomia é a inclusão de plantas medicinais na culinária do cotidiano, enquanto a fitoterapia é a terapia medicinal, com medicamentos de origem vegetal. Ela conta que o projeto teve início em 2018 a partir de seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) da pós-graduação em fitoterapia, e que no início o trabalho era voltado para oficinas na Uerj e atividades presenciais. 


Porém, com a pandemia da Covid-19, o projeto passou a trabalhar também com redes sociais e alcançar novos públicos através de dicas e receitas que mostram os benefícios das plantas medicinais. A coordenadora ainda ressalta a importância dessa comunicação e troca de conhecimento com a população, especialmente por conta da popularização da internet, onde há muitas informações incorretas e de fácil acesso sobre o uso desses chás e ervas.



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