top of page
  • Foto do escritorAna Cândida

TEAcolhe/Uerj oferece terapia com animais

Atualizado: 5 de out. de 2023

Programa da PR-5 visa ao cuidado multidisciplinar para pessoas no transtorno do espectro autista


A Pró-reitoria de Saúde (PR-5) da Uerj criou o TEAcolhe, programa multidisciplinar de acolhimento aos pacientes com transtorno de espectro autista. O projeto nasceu em parceria com a Policlínica Universitária Piquet Carneiro (PPC) e a partir da demanda do público-alvo no Sistema Único de Saúde (SUS). Entre as atividades de acolhimento estão as Intervenções Assistidas por Animais - IAA, em parceria com os projetos Zooterapia Uerj e a ONG SOS Patinhas. O TEAcolhe é coordenado pelo professor Alexandre Bello, atual pró-reitor em exercício da PR-5. 


O programa teve origem a partir de um projeto de extensão do professor Alexandre Bello, em 2018. Inicialmente, era inviável financeiramente trazer o projeto para a Uerj, mas o TEAcolhe/Uerj se uniu ao canil da Guarda Municipal, conseguindo trazer cães em datas programadas, além de veterinários e adestradores. Recentemente, foi estabelecida uma parceria contratual com o SOS Patinhas e o Zooterapia. Hoje, o TEAcolhe atua com essas parcerias introduzindo diferentes animais como coelhos, furões e jiboia, devido à diversidade desses animais e seus benefícios para pessoas autistas, focando no desenvolvimento sensorial. 


Alexandre Bello na Zooterapia, durante a 32ª Uerj Sem Muros (Reprodução: Alexandre Bello)


Na Uerj, o TEAcolhe atua por meio de oficinas ao ar livre apresentando os animais que participam das terapias e ensinando sobre a terapia com animais. Essa rotatividade do projeto serve para divulgar o trabalho e de certa forma abrir portas para que mais pessoas possam conhecer o programa multidisciplinar. O TEAcolhe atende pacientes do Hospital Universitário Pedro Ernesto (HUPE), da PPC e aqueles encaminhados via Regulação (SER ou SISREG), como Clínicas da Família, por exemplo. Os pacientes (crianças, adolescentes ou adultos) são avaliados por um profissional, que os encaminha para o programa. Em seguida, é feita uma avaliação para determinar a necessidade de socialização e/ou interação com animais.


A equipe do projeto inclui profissionais multidisciplinares como biólogos, farmacêuticos, médicos, psicólogos, psiquiatras, fisioterapeutas e cuidadores de animais. Alguns são capacitados para promover a interação homem-animal, enquanto outros são capacitados em cuidados de saúde e movimentos. Em relação ao autismo, a formação que esses profissionais possuem é variada, sendo alguns já capacitados mediante formação guiada. Aqueles sem formação ou experiência com pessoas autistas participam de cursos e outros programas de aprendizagem fornecidos pela Uerj. Além disso, o programa possui equipe de apoio administrativo e infraestrutura.


Alexandre Bello, coordenador do programa afirma que o TEAcolhe foca no público autista em termos de metodologia, facilitando a abordagem a ser usada pela equipe. “Para pessoas com transtorno do espectro autista essa interação e capacidade de socialização é muito importante e valiosa para o seu desenvolvimento, ainda mais quando ocorre mediada por um profissional qualificado”, explica o pró-reitor em exercício da PR-5. O professor ainda visa ao desenvolvimento do TEAcolhe como uma forma de acolher as pessoas no transtorno do espectro autista que muitas vezes são invisíveis para a sociedade. 


Interação com jiboia na 32ª Uerj Sem Muros (Reprodução: Alexandre Bello)


Geralmente, terapias voltadas para a assistência com animais utilizam mais cachorros e outros animais que oferecem um cuidado mais comum e um custo benefício mais acessível. No TEAcolhe, com a SOS Patinhas e o Zooterapia os pacientes podem até mesmo enfrentar suas fobias, caso se sintam à vontade. “Costumamos separar mamíferos de répteis para não misturar espécies e por já termos em mente que algumas pessoas podem ter fobia. Porém, já tivemos pacientes com fobia de jiboia e minutos depois eles já estavam até mesmo passando a mão por livre e espontânea vontade”, afirmou o coordenador do programa. 


No futuro, o programa pretende ampliar seus atendimentos que ocorrem uma vez por semana para pelo menos duas vezes. Isso será possível após partirem para a área de busca e pesquisa nos bancos de dados e servidores de escolas, para assim empregar novos servidores que possam se dedicar ao funcionamento do TEAcolhe. Para além do PPC, o projeto também visa ampliar seus trabalhos para outras áreas de saúde, mas também para diversos campi da Uerj, dependendo da infraestrutura futura. Além disso, o TEAcolhe e a Universidade participam de um projeto de lei na Alerj promovendo a terapia com pessoas autistas. 


O TEAcolhe não é uma nomenclatura de uso exclusivo da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. O programa é uma rede de nível nacional de acolhimento, cuidado e multidisciplinar para pessoas no transtorno do espectro autista. A ideia inicial adicionando o “Uerj” ao lado do nome do projeto foi de aproximar o TEAcolhe dos diferentes espaços que a Universidade integra, e unir os recursos da Uerj junto ao trabalho do TEAcolhe de cuidado e disciplina. 

Para mais informações sobre o projeto:

Instagram: teacolhe.uerj

87 visualizações0 comentário

Posts recentes

Ver tudo

Комментарии


bottom of page