Evento voltou ao modelo presencial na Faculdade de Comunicação Social da Uerj
XVII Congresso Abrapcorp que aconteceu 9 de maio. Na foto estão Margarida Kunsch (USP),; Ricardo Benevides (Uerj); Ivana Bentes (UFRJ); Claudia Gonçalves (Uerj).
Reprodução: Repórter
O desafio de ter uma internet realmente democrática e o resgate da figura do escritor brasileiro Machado de Assis, após quase um século de embranquecimento, foram alguns dos temas debatidos no Congresso Abrapcorp (Associação Brasileira de Pesquisadores de Comunicação Organizacional e de Relações Públicas) e nas atividades prévias ao evento, que tomaram toda a semana de 8 a 12 de maio. O congresso, realizado na Faculdade de Comunicação Social da Uerj, voltou ao modelo presencial após três anos em formato online.
Participante do pré-congresso, a deputada estadual Dani Balbi (PCdoB-RJ) destacou o papel de outros escritores negros para a literatura brasileira. Entre eles, Lima Barreto, cujo centenário foi celebrado em 2022. A deputada, primeira mulher trans eleita para a Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), falou sobre os desafios na democratização do acesso à internet e da necessidade de valorização da cultura periférica, constantemente marginalizada.
A Uerj foi escolhida pela primeira vez para sediar o evento. O tema da 17ª edição foi “Comunicação, Ativismos e organizações”. Ricardo Freitas, presidente da Abracorp, contou que a Uerj foi escolhida por seu histórico de lutas e inclusão. Por ser palco de diversos ativismos políticos, artísticos e culturais, a universidade preenchia o perfil que se ligava ao tema do congresso, o que influenciou na escolha.
A abertura do congresso teve a presença do reitor da Uerj, Mario Sergio Alves Carneiro, e do presidente da Abracorp, Ricardo Ferreira Freitas. Foi transmitida ao vivo pelo canal da TV Uerj no Youtube. Como tem acontecido nos últimos anos, foram entregues os prêmios Abracorp para pesquisas na área. O prêmio de tese ficou com Jean Felipe Rossato, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, o de dissertação foi para Juliana Marques Borghi, da Universidade Federal do Paraná, e monografia para Maria Júlia Muniz Salema, da Pontifícia Universidade Católica de Campinas.
Ricardo Benevides, coordenador do curso de graduação de Relações Públicas (RP) da FCS/UERJ, destacou que a Uerj foi uma das primeiras instituições a oferecer o curso de RP. Disse que o evento foi muito agregador para os alunos, que puderam conhecer pensamentos de outras escolas.
O evento mobilizou os estudantes da Faculdade de Comunicação Social (FCS) da Uerj. Eles puderam acompanhar palestras de pesquisadores importantes do setor, além de apresentar e discutir os próprios artigos. Anabella Lécas, aluna de RP, e Júlio César Barcellos, estudante de jornalismo, contaram que estavam nervosos, mas foram bem orientados pelos professores da FCS e conseguiram desempenhar a tarefa.
Com uma programação diversificada, o evento ofereceu, além de palestras e debates nos grupos de trabalho, oficinas como a de grafite, publicidade inclusiva e moda sustentável.
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