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“Decisões judiciais estão aí para serem cumpridas”, afirma presidente do Google no Brasil

Atualizado: 12 de mai.

Em palestra na Web Summit Rio, Fábio Coelho alertou sobre desinformação


Por Everton Victor


Fábio Coelho, presidente do Google Brasil

(Reedição: Web Summit)


Convidado da Web Summit Rio, o presidente do Google Brasil, Fábio Coelho, defendeu em sua palestra a obrigação inquestionável de empresas cumprirem decisões judiciais. Também falou da responsabilidade das bigtechs para combater a desinformação, ainda que, em seu entendimento, essa também seja uma responsabilidade estendida aos cidadãos. 


Na semana passada, o Google Brasil anunciou que não irá permitir anúncios políticos nas suas plataformas, decisão que está alinhada à resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O anúncio do Google prevê que a partir de maio todos os serviços da big tech estarão proibidos de impulsionar anúncios de propagandas de candidatos, partidos, coligações, e qualquer assunto veiculados à eleição municipal deste ano. Essa mudança na política interna da plataforma foi revelada pelo portal  Poder 360 e confirmada pelo Estadão.


A medida é uma tentativa de se adequar à resolução nº 23.732 do TSE de fevereiro deste ano sobre o uso da inteligência artificial na campanha eleitoral. O artigo 9-D da resolução afirma: “É dever do provedor de aplicação de internet, que permita a veiculação de conteúdo político-eleitoral, a adoção e a publicização de medidas para impedir ou diminuir a circulação de fatos notoriamente inverídicos ou gravemente descontextualizados que possam atingir a integridade do processo eleitoral. Big techs, como a Meta, já anunciaram esforços para conter desinformação em suas plataformas.



Palco principal do Web Summit Rio

 (Reprodução: Vaughn Ridley/Web Summit Rio)


Em um dos principais palcos de tecnologia do mundo, o presidente do Google Brasil reforçou o compromisso das empresas não se isentarem na luta contra a desinformação. “As decisões judiciais, especialmente da Suprema Corte, estão aí para serem cumpridas. As empresas têm um papel de valorizar o jornalismo de qualidade, apoiar a verdade e trabalhar com empresas que fazem checagem de fatos, para que o conteúdo de qualidade seja mais valorizado”, concluiu. 


Coelho destacou também a relevância do mecado brasileiro para as bigtechs. “O Brasil é um dos cinco maiores mercados do mundo, é um país que merece um status diferenciado (...) é um dos países foco dentro Google, a gente chama esses países de ‘Country of Focus’, que tá fazendo nos consiga trazer o segundo centro de engenharia do Google no Brasil”, explicou.


O papel da inteligência artificial também foi um dos temas de sua palestra. Para Coelho, a obrigação de empresas como o Google é se engajar em políticas públicas para facilitar a difusão do conhecimento e de conteúdos.


Marcelo Eduardo, co-fundador da multinacional  Work & Co, empresa que desenvolve soluções para o Google, Apple e outras bigtechs, afirmou que a inteligência artificial vai cada vez mais ajudar nos processos, mas sem substituir a capacidade criativa e de interpretação das pessoas. O executivo afirmou que a tecnologia tem a capacidade de empoderar a sociedade através da disseminação de informação e citou como exemplo uma ferramenta criada pela empresa para que os professores possam dar aulas no Google Earth. Em sua opinião, não adianta uma empresa pensar em novas tecnologias, sem pensar em quem vai utilizá-la, “focando em usabilidade, acessibilidade, em prestar atenção a quem tá do outro lado”. 


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1 comentario


Paulo Cezar Moraes
Paulo Cezar Moraes
08 may

Parabéns pelo trabalho. Excelente

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