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  • Foto do escritorMaria Eduarda

Navezinha do Conhecimento aterrissa na Uerj

Espaço oferecerá acesso à internet e cursos gratuitos de formação tecnológica; projeto resulta de parceria entre reitoria e prefeitura do Rio


Foto: InovUerj


Espaço da Navezinha da Uerj

Parece uma sala comum com vários computadores, ao lado da fila das quentinhas do bandejão, onde funciona o Departamento de Inovação. Mas a sala, se tudo correr como planejado, pode ser o início de muitos projetos de inovação para a comunidade universitária. Lá vai funcionar a Navezinha do Conhecimento da Uerj, uma versão menor das Naves do Conhecimento, espaços criados para oferecer acesso à internet e cursos gratuitos de formação tecnológica à população carioca. 


A instalação da Uerj foi pensada como uma extensão da Nave do Conhecimento Beth Carvalho, situada na Mangueira. Qualquer aluno, funcionário da universidade ou residente próximo vai ter a chance de aproveitar os serviços oferecidos.


O anúncio da Navezinha da Uerj foi feito durante o lançamento do edital do Programa Jovens Cientistas Cariocas, no último dia 5, com a presença de autoridades municipais e de dirigentes da universidade.


Este ano, o programa Jovens Cientistas Cariocas vai incentivar 100 iniciativas inovadoras de estudantes inscritos em Instituições de Ensino Superior (IES) que busquem melhorar a cidade do Rio de Janeiro e possam ser aplicadas em territórios adjacentes às Naves do Conhecimento. Os selecionados receberão uma bolsa-auxílio no valor de R$800. As inscrições acontecem até 15 de março.


Para a secretária de Ciência e Tecnologia da cidade do Rio, Tatiana Roque, promover iniciativas voltadas à inclusão digital é de grande importância: “Precisamos desenvolver tecnologias voltadas para resolver problemas sociais. A tecnologia não deve ser vista apenas para fomentar negócios, ela também deve servir para solucionar problemas ambientais e sociais.” 


Segundo ela, a expectativa com a Navezinha da Uerj é desenvolver projetos capazes de criar parcerias entre a comunidade acadêmica, a prefeitura e o território ao redor da universidade. “Vamos poder oferecer os serviços da Nave para a população, mas em parceria com professores e estudantes da Uerj, então serão professores da Uerj fomentando esses serviços tanto de formação digital quanto de inclusão digital.”


A previsão é que a Navezinha seja inaugurada no dia 26 de março e os cursos sejam iniciados em abril. Tatiana Roque explica que em geral, no início, as Navezinhas oferecem cursos básicos de informática e com o tempo vão se adaptando a demanda.


A psicóloga Cecília Silva conheceu o projeto das Naves enquanto trabalhava em uma clínica da saúde em Rocha Miranda. Os profissionais costumavam encaminhar pacientes para as oficinas oferecidas pela Nave do Parque Madureira. “É importante pensar em atividades para além daquelas stricto sensu saúde, atividades psicossociais de sociabilidade”.


Foto: Acervo Pessoal de Cecília


Cecília e sua câmera na Nave do Engenhão.

Cecília também participou de vários cursos oferecidos e o que mais a marcou foi o curso de Fotografia Antirracista. “Fiquei fascinada com a possibilidade de fazer um curso de fotografia que trabalhava o resgate e a potencialidade da negritude.” Hoje a psicóloga também se considera fotógrafa graças ao curso que teve a oportunidade de fazer: “A Nave do Engenhão, local onde eu fiz o curso, tem uma estrutura tecnológica de primeiro mundo. Nós não estamos acostumados a ver o dinheiro dos nossos impostos sendo aplicado na cidade, como acontece no projetos das Naves do Conhecimento”. Em 2016, o projeto Naves do Conhecimento recebeu o prêmio Visionary of the Year Award 2016, conferido pelo Intelligent Community Forum (ICF). 


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