No Uerj Sem Muros, projeto tira dúvidas e combate mitos sobre amamentação
- Julia Santos
- 28 de set. de 2023
- 2 min de leitura
Atualizado: 29 de set. de 2023
Criado pela Faculdade de Enfermagem, o Mulheres Apoiando a Amamentação busca desmistificar os estigmas do aleitamento materno

Já pensou enxergar o mundo a partir da perspectiva de quem amamenta? Ou entender os estigmas do aleitamento materno? Esse é o objetivo do projeto Mulheres Apoiando a Amamentação, que participa do evento Uerj Sem Muros, realizado esta semana na universidade. Idealizado pela Faculdade de Enfermagem da Uerj, o projeto de extensão realiza prestação de serviços e oferece assistência às mulheres da Baixada Fluminense, além de combater estigmas sobre o processo de amamentação, como o formato do peito que não altera os nutrientes presentes no leite materno. A rede de apoio procura dar orientação às mães com informações completas e canais para facilitar a comunicação entre a equipe e as mulheres.
O público pode ver de perto os principais componentes do leite materno, os benefícios, as posições corretas para amamentar um bebê e a importância de compartilhar informações sobre um momento tão importante na vida da mãe e da criança.
Uma das assistentes do projeto, Flávia Libiane, aluna do curso de nutrição, conta que uma das maneiras de orientar as mães é por meio do Grupo Mama, criado durante a pandemia e que funciona totalmente online. O objetivo é atender mães com o auxílio de diversos profissionais, como psicólogos e nutricionistas, que cuidam do bem-estar delas.

Ilustração com alguns dos componentes presentes no leite materno (Foto: Divulgação)
A equipe debate os principais assuntos referentes ao aleitamento materno e oferece aos participantes um manual completo sobre o tema. Nele, é possível conferir informações sobre a produção de leite, doação, sinais que os mamilos podem dar ao longo do processo de amamentação e alertas sobre o uso de mamilos artificiais - tantos os bicos de silicone como as mamadeiras. A utilização deste tipo de ferramenta pode provocar impactos na vida da mãe e do bebê.
“Ele [o grupo] consegue alcançar mais mães possíveis. Esses dias a gente estava acompanhando uma mãe de São Paulo que tinha uma questão com o filho dela, pois ela parou de amamentar assim que a criança foi internada”, explicou Flávia.
A estudante de nutrição diz que o projeto possibilita fazer uma conexão entre as mães e os profissionais. A organização e marcação de horários, que garantem a comunicação entre os dois, é feita por Flávia e outros integrantes do projeto. O Mulheres Apoiando a Amamentação é coordenado pela doutora em Bioética, Ética Aplicada e Saúde Coletiva Patricia Peres e também atende creches na Baixada Fluminense.
O Uerj Sem Muros vai até esta sexta, 29 de outubro. O evento reúne anualmente projetos realizados por diferentes áreas de conhecimento nas três frentes da atuação universitária: ensino, pesquisa e extensão. A mostra da Semana de Graduação é coordenada pela PR1; a PR2 cuida da Iniciação Científica, e a PR3, das Mostras de Extensão.
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